sábado, 12 de janeiro de 2013

A oração de Jabez




“Jabez foi mais ilustre do que seus irmãos (sua mãe lhe pusera o nome de Jabez, dizendo: Porquanto com dores o dei à luz).. Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Tomara que me abençoes, e estendas os meus termos; que a tua mão seja comigo e faças que do mal eu não seja afligido! E Deus lhe concedeu o que lhe pedira.” I Crónicas  4:9,10

Quase anónimo, no meio de um relato de genealogias o cronista pára e faz menção a um homem com um carácter muito especial: Jabez!

Jabez foi um homem que nasceu marcado para perder. O seu nome trazia a sua história, a qual não lhe era favorável. Cada pessoa que o chamava pelo nome conhecia a sua história e lembrava-lhe uma culpa que não tinha.

Jabez significa “aquele que causa dor.” Na rota do sucesso temos de prevalecer contra as intempéries da vida, não nos curvarmos, não lastimarmos “a nossa sorte”, não murmuramos, não amaldiçoamos.


I. Não nascemos para o fracasso.

Porque, “Em todas as coisas somos mais que vencedores” Romanos 8:37

Não nascemos para o fracasso também porque somos obra de um criador perfeito; porque Deus deu o melhor que tinha a nossa favor; porque no projecto de Deus não havia nada de errado relativamente a nós, embora Ele soubesse que o dia mau nos poderia alcançar.

Bethoveen era filho de um pai e uma mãe doentes. O primeiro filho veio com problemas, o segundo morreu, e o terceiro foi-lhes recomendado que fosse abortado. Mas em vez de um aborto veio ao mundo um dos maior artífices de música que o mundo já conheceu. Ainda assim, apesar de ter nascido perfeito, estava rodeado das circunstâncias mais adversas para poder fracassar – a pobreza da sua família.

Nascemos para produzir, frutificar, ameaçar as trevas, ser úteis e dignos como pessoas, participantes da natureza e da graça de Deus.

Jabez, quando ainda era criança confrontou-se com a sua história e percebeu, pela evolução natural da compreensão da língua que falava, o significado do seu nome, contudo, recusou o sentimento de derrota e manteve-se grato a Deus por ter vindo ao mundo. Assim, se alguma coisa não desse certo na sua vida, não haveria qualquer relação entre a sua história e qualquer episódio menos feliz no seu percurso de vida.

Os nossos sonhos apontam para o futuro. Não podem ser limitados pelo nosso passado.

II. Não nascemos para viver doridos.


“As nossa dores Ele levou sobre si”
Isaías 53:4

A vida é mais do que gemidos, queixumes, sofrimentos e tormentos. Deus preparou o melhor para nós. Não sabemos a razão porque Jabez causou dor à sua mãe quando nasceu mas sabemos que ele não ficou a lamentar-se o resto da sua vida sobre o seu mau começo e a lançar todas as culpas sobre o seu nome quando as coisas não corriam como queria.

Isaías 53;4,5 diz  “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”

Ainda Isaías não tinha dado esta profecia nem Jesus ainda a tinha cumprido e já Jabez se recusava a aceitar aquela dor, aquele trauma, aquele infortúnio.Em I Pe 2:24 diz também que “Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.”

III. Não nascemos para murmurar.


I Coríntios 10:10 “E não murmureis, como alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor.” O texto de Jabez diz “Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Tomara que me abençoes…”

Jabez não se conformou, não teve ciúmes dos seus irmãos, não amaldiçoou as circunstâncias do lar em que nasceu, não aceitou ser culpado da dor que causou à sua mãe. Ele invocou a Deus.

Jeremias 33:3: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.” Jeremias 29:12 “Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei.”

O mundo está afetado por pessoas insatisfeitas, atrofiadas, que agora querem uma coisa depois querem outra, sem razão para viver, sem uma causa pela qual morrer. E a murmuração foi repetidamente um vírus mortal para a nação de Israel e ainda hoje é para a Igreja.

Êxodo 15:22-23 “Depois Moisés fez partir a Israel do Mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto, e não acharam água. E chegaram a Mara, mas não podiam beber das suas águas, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?”

Falta água o povo murmura, falta a comida murmura, enjoa a comida murmura, ainda a comida lhes está na goela murmura, qualquer coisa não é feita murmura, qualquer coisa é dita que não lhe agrade murmura. Ou seja: o que é preciso é estar sempre contra alguma coisa. Como nos filmes, a vida só faz sentido se houver alguém para abater ou de quem falar.

Os murmuradores visam sempre: desmotivar aqueles que sonham; impedir as contribuições daqueles que acreditam; roubar a alegria dos que põem o coração naquilo que fazem; retirar a liberdade e a oportunidade dos que são criativos.

Samuel Morse, inventor do telégrafo e Marconi, Inventor das comunicações sem fios, foram dois sonhadores que foram vaiados e gozados pelas suas ideias. Todos os desafios da vida enfrentam os matadores da graça, da alegria e da criatividade. Use a sua boca como Jabez e que no meio das adversidades possamos abrir a nossa boca para invocar a Deus e não murmurar.

IV. Não nascemos para amaldiçoar.


Romanos 12:14 “Abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis.”

Jabez: “Tomara que me abençoes…” Jabez não se resignou, orou! É a bênção que é precisa. Não a resignação. Ele não queria a maldição que teimava em limitar a sua vida. O mundo vive debaixo da maldição mas eu creio que esperança para a humanidade é a Igreja.

Quem amaldiçoa são os feiticeiros, os espíritas, os bruxos, o horóscopo, as cartas, os que têm a língua suja, os murmuradores.

Um filho de Deus usa a sua boca para abençoar.


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