Sim, as
finanças podem destruir um relacionamento, seja por causa de dívidas, excesso
de gastos, falta de dinheiro ou por omissões. Os casais com dívidas passam
menos tempo juntos, brigam mais e são menos felizes, constatou o pesquisador
Jefrey Dew.
As brigas por causa de dinheiro sempre acabam por afetar outros aspectos do relacionamento. Além disso, causam problemas de saúde como insónias, dores de cabeça, dores de estômago, ataques cardíacos e depressão.
As brigas por causa de dinheiro sempre acabam por afetar outros aspectos do relacionamento. Além disso, causam problemas de saúde como insónias, dores de cabeça, dores de estômago, ataques cardíacos e depressão.
A primeira coisa que um casal precisa de entender é que quando duas pessoas se unem em casamento elas tornam-se "uma só carne", uma só pessoa, e isso também vale para a vida financeira. As contas deixam de ser suas ou minhas e passam a ser nossas. O dinheiro deixa de ser seu ou meu e torna-se nosso. Agora, os dois trabalham juntos para o sustento do lar e lazer em família.
Precisa
haver transparência em todos os detalhes. É claro que não vai avisar seu
cônjuge cada vez que comprar um casqueiro na padaria, mas precisa de existir
bom senso. Se você sabe que as contas estão apertadas, não vai sair por aí a
comprar sapatos ou acessórios para o carro. Nesses casos, é necessário que haja
conversa franca, acordo e muita maturidade: "Sim, podemos comprar isso
agora" ou "Não, isso não é essencial e vai ter que esperar".
Comprar às escondidas nem pensar (a não ser que seja uma surpresa)! Se fizer
isso, estará a dar um grande salto para a destruição do seu relacionamento,
acredite!
No meu ponto de vista, a primeira coisa a se fazer é criar uma conta conjunta, pois isso acaba forçando o casal a pensar na questão do "nosso", além de fazer com que ajam sempre com transparência. No início pode ser difícil, mas com o tempo acaba se tornar natural. É uma aprendizagem, como acontece em qualquer outra área do relacionamento.
"Mas
isso vai acabar com a minha privacidade!". Meu amigo ou minha amiga, se
você deseja privacidade na sua vida financeira, então não se case. "Mas e
se eu quiser fazer uma surpresa para o meu cônjuge e comprar um presente?"
Para uma mente criativa tudo é possível!
Aliás, é
bom deixar claro que quando apenas um dos cônjuges trabalha fora, o dinheiro
continua a ser da família. Já vi muitos casos de maridos que "jogam à
cara" das suas esposas que lhes estão a fazer um grande favor em dar-lhes
o "seu" dinheiro. Mas esses homens esquecem-se que enquanto buscam o
sustento da casa, a esposa está cuidando das suas roupas, da sua casa, dos seus
filhos e da sua alimentação. O trabalho precisa ser feito em equipa em prol da
família! O marido busca o sustento do lar porque ama e se preocupa com a
família, e a esposa da mesma forma, cuida do lar porque ama seu esposo e
filhos.
Outra coisa
importante é entrarem num acordo sobre quem será o responsável pela
contabilidade da casa. É essencial que tenham um planeamento de contas, seja no
computador ou mesmo num caderno. É necessário saber como andam as entradas e
saídas, para que nos momentos de crise saibam identificar as áreas em que os
gastos estão passando dos limites e precisam ser cortados ou suspensos por um
período.
Cartão de
Crédito.
Sim, é um
grande problema para quem não sabe usar, pois transmite a falsa impressão de
dinheiro vivo nas mãos. Hoje em dia os cartões de crédito oferecem muitas
vantagens, como pontos para a troca de produtos ou passagens aéreas. Se
souberem usar, toda a família sairá a ganhar, caso contrário, entrarão na areia
movediça das dívidas!
Compras
somente à vista! Em último caso, utilizem cheques para as compras a prazo.
Se o seu
casamento não anda bem por conta das finanças, gostaria de dar algumas dicas de
como reestruturar esta área. Mas já aviso de antemão que se os dois não
estiverem dispostos a colaborar, nem adianta tentar! Vamos lá:
1 -
Trabalhem em equipa contra a dívida. Não adianta nada despejar a sua raiva no
seu cônjuge, mesmo que a dívida não seja culpa sua. Nessas situações, é ainda
mais importante aplicar o conselho de Efésios 4:32: "Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se
mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo".
Lutem
contra a dívida, não um contra o outro. A dívida precisa ser encarada como um
inimigo comum, e essa cooperação está em harmonia com Provérbios 13:10 que diz:
"O orgulho só gera discussões, mas a
sabedoria está com os que tomam conselho". Em vez de tentar resolver as
coisas sozinho, conversem de modo franco e em amor sobre os problemas
financeiros e então trabalhem em
união. Os seus filhos também podem e devem ajudar.
2 -
Reconheçam quaisquer erros que tenham cometido. Mas, ao invés de se prenderem
ao passado, decidam que princípios seguirão ao tomar futuras decisões
financeiras. "Cuidado! Fiquem de
sobreaviso contra todo tipo de ganância. A vida de um homem não consiste na
quantidade dos seus bens". Lc 12:15 e "Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a
ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês
tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não
arrombam nem furtam". Mateus 6:19-20
3 - Registem
todo o dinheiro que entra e sai durante três semanas ou um mês, depois disso,
façam juntos uma análise desse registo;
4 -
Aumentem os seus ganhos até liquidarem as dívidas. Isso talvez envolva fazer
horas extras, realizar serviços temporários, cozinhar para fora ou fazer
trabalhos manuais. Mas não exagere a ponto de prejudicar seu tempo com a
família;
5 - Reduzam
seus gastos. Comprem somente aquilo que for de extrema necessidade. Esperar
para comprar algo sem agir por impulso é bom, pois ajuda a ver se você
realmente precisa ou apenas deseja comprá-la. "Os planos bem elaborados levam à fartura, mas o apressado sempre
acaba na miséria" Pv 21:5.
6 - Habitação.
Se possível, mudem-se para uma casa com um pagamento mensal menor. Economizem electricidade,
água e gás.
7 -
Alimentação. Em vez de sempre comer fora, preparem lanches em casa ou marmitas.
Fiquem atentos a ofertas e descontos especiais na compra de alimentos.
Substitua as marcas mais caras pelas mais populares.
8 -
Transporte. Se tiverem carro (ou mais de um), avaliem se é mesmo necessário
ficar com ele(s). Decidam por fazer manutenção preventiva ao invés de trocar
por um modelo mais novo. Usem transporte público, bicicleta ou sempre que
possível, andem a pé.
9 - Para
cada dívida, identifiquem a taxa de juros e os encargos, avaliem as consequências
de pagar uma prestação com atraso ou não pagá-la. Leiam com atenção os
contratos de empréstimos e faturas. Em seguida, determinem a ordem em que
pagarão as dívidas. Uma possibilidade é liquidar a dívida com maior taxa de
juros. Outra opção é pagar todas as outras dívidas menores pois receber menos
cobranças todos mês pode deixá-los mais motivados. Se tiverem empréstimos com
altas taxas de juros, talvez seja melhor fazer outro empréstimo com taxas
menores para liquidar os outros.
10 - Se
perceberem que não conseguirão pagar suas obrigações, negociem novos planos de
pagamento com seus credores. Talvez possam pedir uma extensão no prazo ou uma
taxa de juros menor. Por vezes até é possível a reduzir a dívida se o restante
for pago imediatamente. Sejam honestos e mansos ao explicar a situação: "O seu falar seja sempre agradável e
temperado com sal, para que saibam como responder a cada um". Col 4:6
e "...estamos certos de que temos
consciência limpa, e desejamos viver de maneira honrosa em tudo". Hb
13:18. Coloquem quaisquer acordo por escrito e assinado. Se o primeiro pedido
for rejeitado, não desistam! Leiam Provérbios 6:1-5
11 - Apesar
dos seus melhores esforços, é possível que você continue a pagar aos seus
credores por muitos anos. Mas vocês poderão escolher como encarar as
circunstâncias. Em vez de ficar obcecado pelo dinheiro ou pela falta dele,
escute o conselho que a Bíblia nos traz em 1 Timóteo 6:7-11: "pois nada trouxemos para este mundo e
dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos,
estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em
armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a
mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos
os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se
atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. Você, porém, homem de Deus,
fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e
a mansidão".
Por estarem
contentes com a provisão diária e necessária que Deus lhes tem dado, vocês
poderão preocupar-se com as coisas mais importantes, como sua relação com Deus
e com a família.
12 - E por
fim, coloquem num papel as coisas que realmente são valiosas para si e para a
sua família, e que o dinheiro não pode comprar. Deixe num lugar visível e
agradeça a Deus todos os dias por elas!
A minha
oração é para que suas finanças não sejam motivo de brigas e discórdias em seu
lar. Como Jesus nos ensina, dê valor àquilo que é eterno: "Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a
ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam". Mt
6:20. Se preocupem e gastem tempo com o Reino de Deus e sua justiça, que as
demais coisas vos serão acrescentadas!
( Extraído e adaptado de www.genizahvirtual.com )
( Extraído e adaptado de www.genizahvirtual.com )
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