A primeira razão pela qual promovemos convívios de casais é
porque estamos muito ocupados. Temos imensas coisas para fazer e inúmeras
maneiras de nos entretermos apenas connosco próprios. Temos os nossos empregos,
as tarefas domésticas e as familiares. Gostamos de passear e estar juntos mas
a nossa igreja local e a Cruz Azul ocupam uma parte substancial do nosso tempo
disponível. Temos portanto “montes” de desculpas para apresentar para não nos
relacionarmos com outros iguais a nós.
Mas porque precisamos de amigos que estejam incomodados com
tanto sufoco e corre-corre no dia-a-dia dedicamos parte da nossa vida a
procurar disciplinar e forçar esta oportunidade. Precisamos de aprender com os
outros e gostamos de partilhar o que temos vivido e aprendido.
A terceira razão (que podia ser a primeira) é porque
precisamos de Deus. Oramos todos os dias pela nossa casa, pelas nossas miúdas e
pelos nossos pais. Oramos todos os dias pelos nossos amigos mais próximos,
pelos que colaboram na Igreja, na Cruz Azul e pelos que como nós contribuem de
alguma forma para a construção de um mundo melhor. Fazemos isto não apenas porque
é o nosso dever como cristãos mas porque quando estamos próximos daqueles com
quem privamos na intimidade ficamos mais conscientes dos desafios com que eles
também se debatem e também sentimo-nos responsáveis por eles. Admitimos, e é
conhecido, que ambos já atravessamos por sérias dificuldades nos nossos
relacionamentos no passado. Temos consciência dos assaltos permanentes a que as
famílias estão expostas, das dificuldades de educação dos filhos e dos contágios
a que eles também são vulneráveis. Queremos ser responsáveis pelos outros.
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