sexta-feira, 12 de abril de 2013

A comunicação no relacionamento




“As Cinco Linguagens do Amor”, é um livro que já ajudou milhares de casais a resgatar seu relacionamento e a criar um ambiente emocional positivo no casamento. O conjugue tem uma das cinco lin­guagens do amor predominante. Um desses estilos de comunicação toca mais fundo em nossas emo­ções do que os outros quatro.

Em maior ou menor grau, gosta­mos de todos eles, mas geralmente temos preferência por um e não abriríamos mão dele por nada. Essa é a linguagem que nos faz sentir verdadeiramente amados. Quando o cônjuge "fala" connosco nessa linguagem do amor predominante o nosso tanque de amor enche-se e sentimo-nos seguros. A chave é descobrir a linguagem do amor predomi­nante de seu cônjuge e usá-la em doses maciças com uma pita­da das outras quatro linguagens como a cereja em cima do bolo.

Estou para ver um casamento que não tenha melhorado quando um dos cônjuges ou ambos decidiram seguir esse caminho. Para ajudá-lo a começar, apresentarei a seguir um resumo das cinco linguagens do amor e mostrarei por que é tão impor­tante aprender a linguagem predominante de seu cônjuge:

PRIMEIRA LINGUAGEM DO AMOR: PALAVRAS DE APREÇO

Algumas pessoas sentem-se amadas quando ouvem palavras de apreço. Focar os aspectos positivos e expressar aprecia­ção pelas qualidades do cônjuge são atitudes que costumam motivá-lo a aprimorar seu comportamento. Se as palavras de apreço constituem a linguagem do amor predominante do seu cônjuge, não perca nenhuma oportunidade de oferecer algumas palavras simples de encorajamento:

  • Esse vestido fica-te bem; 
  • Hoje tu estás mesmo apetitosa; 
  • Obrigado por levares o lixo para o caixote; 
  • Quero que saibas como és muito importante para mim; 
  • Fiquei muito feliz por teres arrumado a cozinha hoje; 
  • Obrigado por cortares a relva: o quintal ficou lindo; 
  • Que bom que me enches-te o tanque do carro e obriga­do por teres limpo os vidros também. 
As palavras de apreço podem focar as características de personalidade do cônjuge:
  • Tu passaste bastante tempo com a Rebeca ontem à noite. Ela parecia extremamente chateada; 
  • Gosto da maneira como te dedicas às pessoas; 
  • É tão bom chegar em casa e ver-te animada e feliz por eu estar de volta. Isso é muito importante para mim; 
  • Gosto demais da tua espontaneidade. Contigo a minha vida é mais interessante. É incrível a forma como lidas com os problemas; 
  • Tu faci­litas muito minha vida com as soluções que encontras. 
As palavras de apreço também podem focar as carac­terísticas físicas da pessoa:
  • O teu cabelo está lindo; 
  • Gosto do brilho nos olhos; 
  • Já te disse como teus seios são lindos? 
  • Olha só esses músculos! 
  • Adoro a cor dos seus olhos. 
As palavras de apreço dão vida; as palavras de condena­ção matam. Muitos casais destroem o seu casamento com o uso de palavras de condenação e julgamento, ou com comentários ríspidos e incisivos. Isso pode mudar quando um dos cônjuges rompe o círculo vicioso de negatividade e começa a usar palavras de amor.

SEGUNDA LINGUAGEM DO AMOR: PRESENTES

Até hoje ninguém encontrou uma cultura em que presentear não seja uma expressão de amor. Os presentes também falam: "Essa pessoa estava a pensar em mim quando se lembrou de me comprar este presente". Os presentes são provas físicas e visíveis de con­sideração e carinho.

O presente não precisa ser caro. Afinal, o que vale é a inten­ção, certo? A intenção é de facto importante mas o que faz toda a diferença é sua transformação num gesto concreto.

A maioria de nós poderia aprender muito pela observação dos nossos filhos quando eles são pequenos. Eles são mestres na arte de presentear e, na maioria das vezes, isso não lhes custa um cêntimo. Fazem tortas de morango imaginá­rias e convidam-nos para provar. Criam carrinhos com rolos de papelão e botões e nos dão de presente. Correm para nós com uma flor na mão e entregam-na dizendo: "Apanhei isto para ti".

Em que momento da nossa vida perdemos esse espírito de presentear? Qualquer pessoa pode aprender a dar presentes. Lembre-se de que dar e receber presentes é uma linguagem fun­damental do amor por isso tome a decisão de usar essa linguagem com seu cônjuge. O importante não é o preço do presente mas a consideração que ele demonstra. 


Use pedaços de pa­pel colorido que encontrar na sua escrivaninha para fazer um cartão para sua esposa. Escreva palavras de apreço no cartão e entregue-o no dia dos namorados ou, melhor ainda, num dia qualquer. Claro que nem todos os presentes vão sair de graça. Preste atenção aos comentários do seu côn­juge e anote o que ele desejaria receber. Espere umas três sema­nas e, então, surpreenda-o depois do jantar com o presente desejado.

TERCEIRA LINGUAGEM DO AMOR: ATOS DE SERVIR.

"Um gesto vale mais que mil palavras." Sem dúvida, isso é ver­dade para algumas pessoas. Fazer algo pelo seu cônjuge é uma expressão profunda de amor. Preparar refeições, lavar a louça, aspirar a casa, cortar a relva, lavar o carro, lavar a roupa, limpar a banheira, trocar a fralda do bebé - todas essas tarefas são atos de serviço. Claro que exigem tempo, esfor­ço, energia, e por vezes habilidade, mas se essa é a linguagem do amor predominante de seu cônjuge e ao fazer algo que ele/a aprecia, estará a comunicar claramente seu amor.

Em se tratando das responsabilidades da casa, nossa ten­dência é criar hábitos. Formamos padrões de comportamento:

Ele cozinha, ela lava a louça;
Ela cuida das roupas, ele corta a relva;
Ele enche o tanque do carro, ela passa as roupas.

Essa rotina não é necessariamente negativa. Em geral, fazemos as coisas para as quais nos sentimos mais capacitados e, se as faze­mos com uma atitude positiva, visando o bem mútuo, estamos a comunicar uma linguagem de amor. Se as tarefas e responsabilidades já estão bem organizadas na sua casa, você pode acentuar a expressão de amor pelo seu cônjuge fazendo algo fora de sua lista.

Lembre-se, porém, de que seu cônjuge talvez não entenda ou não aprecie inteira­mente seu esforço, como ilustra o seguinte diálogo:

- Querida, gostarias que eu limpasse as casas de banho hoje à noite?
- Estás a querer dizer que eu não faço isso bem?
- Claro que não! Só pensei que seria bom fazer alguma coisa para te ajudar.

Esteja portanto preparado para reações iniciais pouco entusiasma­das. Talvez o seu cônjuge leve algum tempo para entender que você está a ser sincero. No entanto, ao completar a tarefa, provavelmente ouvirá algumas palavras de apreço.

QUARTA LINGUAGEM DO AMOR: TEMPO DE QUALIDADE

Dedicar tempo de qualidade ao cônjuge não é apenas estar no mesmo sofá ou na mesma casa que ele. É pelo contrário:

  • Prestar atenção total ao marido ou à esposa; 
  • Sentar-se no sofá com a televisão desligada e conversar; 
  • Fazer uma caminhada só os dois; 
  • Sair para comer, olhar um para o outro, falar e ouvir. 
Já observou como é fácil num restaurante ver quem são os namo­rados e quem são os casados? Os namorados olham um para o outro e conversam; os casados comem em silêncio.

Para os na­morados o jantar é tempo de qualidade; para os casados é uma forma de suprir uma necessidade física. Mas porque não trans­formar as horas de refeição em expressões de amor dedicando toda a atenção um ao outro, falando e ouvindo? Comece por falar dos acontecimentos do dia, mas não se limite a isso. Converse sobre coisas que preocupam seu cônjuge ou sobre planos para a semana que vem, ou para futuro.

Ao percebermos que estamos interessados nas ideias um do outro e nos seus sentimentos, o cônjuge não apenas fala­rá com maior liberdade, mas também se sentirá aceite e amado. Se você deseja surpreender seu cônjuge com uma expressão dessa linguagem do amor, da próxima vez que ele entrar na sala enquanto você estiver em frente à televisão desligue o som do aparelho. Dirija-lhe toda a sua atenção e, se ele/a começar a falar, desligue a televisão e conversem. Se ele/a sair da sala sem dizer nada, você pode voltar a assistir ao seu programa, mas lem­bre-se de que o simples ato de se colocar à disposição do outro para lhe dedicar tempo é mais importante do que qualquer programa de televisão. O tempo de qualidade é uma lingua­gem do amor poderosa.

QUINTA LINGUAGEM DO AMOR: TOQUE FÍSICO

Não é de hoje que se conhece o poder do toque físico. De acordo com várias pesquisas, os bebés tocados com afeto são emo­cionalmente mais saudáveis do que os bebés privados desse toque. O mesmo se aplica aos adultos. Se você já andou pelos corredores de um lar de idosos, já deve ter visto pessoas estende­rem a mão, ansiando ser tocadas. Um aperto de mão, um abraço, uma palmadinha nas costas enchem o tanque de amor de muitas pessoas solitárias.

No casamento o toque físico é uma das linguagens funda­mentais do amor. Segurar a mão do outro enquanto você agra­dece por uma refeição, colocar a mão no ombro do cônjuge enquanto assistem à televisão, abraçarem-se quando se encontram, ter relações sexuais, beijar, seja um "chocho" ou um beijo apaixonado, qualquer toque, desde que seja afec­tuoso, é uma expressão profunda de amor.

Certa mulher comentou: "A coi­sa mais importante que meu marido faz é beijar-me no rosto todos os dias quando volta do trabalho. Não importa se o dia dele foi horrível ou se foi o meu. Quando ele me dá um beijo antes de se sentar em frente à televisão ou abrir o frigorífico, tudo parece melho­rar". Um homem que participou num dos seminários disse: "Nunca saio de casa sem receber um abraço de minha esposa. Ela sempre toma a iniciativa. Quando volto, a primei­ra coisa que ela faz é abraçar-me. Há dias em que esses abraços são a única coisa boa que me acontece, mas são o suficiente para me dar ânimo".

DESCUBRA A SUA LINGUAGEM DO AMOR PREDOMINANTE

Pergunte a si próprio qual é sua queixa mais frequente quanto ao cônju­ge. As queixas revelam a sua linguagem do amor. Se você costuma queixar-se para seu cônjuge: "Nunca passamos tempo juntos e mal nos vemos", está a dizer que sua linguagem do amor é o tempo de qualidade.

Se seu cônjuge volta de uma viagem e você pergunta:

  • "Não trouxeste nada para mim?". Está a revelar que sua linguagem é a dos presentes; 
  • Se você diz ao seu cônjuge: "Nunca me dás um carinho, sou eu sempre que tenho de tomar a ini­ciativa". Está a mostrar que sua linguagem do amor é o toque físico; 
  • Se você costuma dizer: "Nunca faço nada certo". Está a reve­lar que a sua linguagem é a das palavras de apreço; 
  • Ou se você diz: "Tu nunca me ajudas em casa, sobra sempre tudo para mim; se me amasses, farias alguma coisa". A sua linguagem do amor predominante é a dos atos de serviço. 
Se você não tem motivos para se queixar, isso significa que seu cônjuge está falando sua linguagem do amor, mesmo que você não saiba qual é.

Como descobrir a linguagem do amor predominante do cônjuge? Preste atenção ás queixas dele/a. Quando nosso côn­juge reclama de alguma coisa, costumamos assumir uma atitu­de defensiva. Se o marido disser: "É assim tão difícil deixar a casa arrumada? Ela parece mais um chiqueiro", a esposa provavel­mente responderá com uma rajada de palavras enfurecidas ou desatará a chorar. No entanto, o marido está a fornecer uma informação valiosa sobre a linguagem do amor predomi­nante dele - os atos de serviço.
Ouça as queixas de seu cônju­ge e você vai descobrir o que o faz sentir-se amado. A chave para criar um ambiente emocional positivo no ca­samento é aprender a falar a linguagem do amor predomi­nante um do outro e usá-la regularmente.

(Extraído e adaptado de http://www.adeveb.org.br/ )





Sem comentários:

Enviar um comentário