terça-feira, 4 de março de 2014

Niveis de maturidade


Partilhava num outro dia com meus companheiros de caminhada que podemos medir o nível de maturidade da nossa fé em 5 níveis:

1 – O nível mais básico, o auto centrado. 


É a fé que vive focada nos pedidos a Deus. Podemos vê-la retratada na observação que Jesus fez à multidão que O seguia." ...Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não porque vistes sinais, mas porque comestes do pão e vos saciastes". (João 6.26) Uma fé assim, precisa constantemente de ser reforçada por favores de Deus sob o risco de esmorecer. Esta fé não sabe lidar com falsas espectativas, com desilusões.....
2 – Num outro nível, temos o crente que precisa de ser usado para se sentir valorizado como pessoa. 

Podemos vê-la retratada na preocupação que Jesus demonstra com a atitude de seus discípulos quando pelo poder do Espírito Santo curam doentes e expulsam demónios: "...não vos alegreis porque se vos submetem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus (Lucas 10.20). Uma fé assim precisa constantemente de se ver usada fazendo prodígios e lida mal quando Deus usa outros

3 – Num outro nível vemos a fé focada no “fazer coisas para”. 

Podemos vê-la retratada na desconcertada iniciativa de Pedro no Monte da transfiguração em fazer tendas para Moisés, Elias e Jesus, quando o mais importante era que ele percebesse o que tinha para lhe ensinar. (Mateus 17.4). Estes são aqueles que precisam de estar constantemente ocupados a fazer coisas “para Deus” supondo que assim estão agradando-Lhe. Esta fé lida mal quando não tem “oportunidades”

4 – Num nível mais elevado vemos aqueles que vivem para ser cada vez mais parecidos com Cristo. 

Paulo assume este desafio quando diz “sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Cor.11.1). Conheço muitos crentes que vivem neste elevado padrão de conduta, carácter, de serviço aos outros, etc., mas podemos correr o rico de ficar presos a um cristianismo apenas ético ou moral.

5 – Um nível mais elevado de fé podemos vê-lo em Maria, quebrando um frasco de perfume que custava um ano de trabalho e derramando esse unguento nos pés de Jesus num gesto de adoração pura não olhando ao juízo de valor que outros fariam sobre essa loucura (João 12.3).

Pessoalmente creio que quando procuramos viver a este nível então estaremos à vontade para pedir as coisas certas, fazer coisas com a motivação certa, sermos usados na hora certa, ser como Ele na medida certa.

Jorge Rodrigues
Pastor da igreja Água de Vida, Barreiro
Secretário da Direção da Cruz Azul de Portugal

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