sábado, 12 de setembro de 2015

Xenofobia


Nunca pensei que no meu país alguma vez se colocasse em questão receber ou não receber refugiados de guerra, vítimas do terror e da pobreza. É inconcebível que não se estenda a mão com um pouco de pão para ajudar alguém, independentemente da sua raça, credo, e.... valores.

Como cidadão português, consciente dos fluxos migratórios que já giraram à minha volta e da minha família, é incontornável que a minha consciência reprove este confronto entre o interesse egoísta e a displicência dos nossos políticos em adoptar uma política de justiça em favor dos mais desfavorecidos em qualquer parte do mundo e sem pôr em causa os valores em vigor na nossa sociedade, independentemente de eu concordar com uns e discordar de outros.

É nos valores que reside a raiz do confronto. Custa-me a aceitar que haja entre nós portugueses que sejam xenófobos, quer dizer, que rejeitem receber um estrangeiro só porque é estrangeiro. É inconcebível. É inaceitável que se faça diferença entre pessoas por causa da sua raça, cultura ou religião.

Como cristão, não posso esquecer-me do exemplo que Jesus nos deu com o samaritano que ajudou um judeu que foi assaltado no caminho entre Jerusalém e Jericó. Entre muitos recados bíblicos do género também percebemos que na bíblia, quem é acolhido deve também respeitar as leis locais e os valores estabelecidos. Por outro lado, quem recebe, também deve fazer algum esforço para não “escandalizar” o seu hóspede com o objectivo de lhe agradar, sem contudo pôr de parte, definitivamente, os seus hábitos e costumes.

Não há nenhuma razão para não acolher um refugiado. Ajudar uma pessoa necessitada faz parte dos valores éticos e morais de qualquer cidadão do mundo. Está no código genético do ser humano, não necessita de lavagem cerebral para actuar positivamente nesse sentido. Quem não tem estes valores é porque algures no tempo foram-lhe arrancados da sua consciência por agentes perversos motivados por ódio e egoísmo. Talvez não seja forçado dizer que o primeiro refugiado foi o próprio Adão, que depois de sido vestido pelo próprio Deus acabou por ter que se adaptar a sobreviver fora do seu berço natural. O que na Bíblia sobressai mais no que diz respeito ao estrangeiro é a ORDEM e a PROVISÃO de Deus para todo aquele que peregrina. Ao israelita é ordenado que trate bem o estrangeiro e ao estrangeiro é ordenado que não blasfeme do Deus do povo que o acolheu.

“Ao estrangeiro não maltratarás, nem o oprimirás; pois vós fostes estrangeiros na terra do Egito.” Êxodo 22:21
“E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto; toda a congregação certamente o apedrejará. Tanto o estrangeiro como o natural, que blasfemar o nome do Senhor, será morto.” Levítico 24:16
“Haverá uma mesma lei para o natural e para o estrangeiro que peregrinar entre vós.” Êxodo 12:49

Portanto, uma vez mais, a Bíblia coloca ordem na questão garantindo direitos e exigindo deveres aos estrangeiros que peregrinam em terra estrangeira. Lamentavelmente o drama é ter que escolher entre os que se querem refugiar e os que nos querem impor a sua religião e costumes. Irracionalmente muitos insistem em negar estas pretensões e o desprezo que lhes dedicam muitos dos seus irmãos muçulmanos. Sem pretender rotular os cristãos nominais como os mais bondosos do universo, convicções religiosas à parte, é execrável que um ser humano negue pão a outro especialmente se estiver à nossa porta.

A islamização da Europa e do mundo não é uma desconfiança tola de alguns cidadãos de ideologia “de direita”. É uma declaração de conquista exaustivamente repetida pelos próprios. Convenhamos que, o Islão e o Cristianismo são as duas grandes religiões proselitistas: uma pretende converter o infiel pela força da espada e a outra tem uma proposta radical focada na cruz, onde por amor, todas as diferenças e pecados nos homens foram extintas.

Também não se compreende claramente esta onda populista de portas escancaradas que convidam à imigração. Sem estruturas adequadas e uma política de integração (e educacional) só se consegue ver no horizonte mais exageros, exigências, violência e pobreza. Os governos europeus estimulam os seus cidadãos ao consumismo e a cometer abortos enquanto que estes cidadãos islâmicos com outros valores, a maioria dos quais rejeitamos, irão provocar um desequilíbrio demográfico capaz de abalar as nossas estruturas e instituições, e provocar um banho de sangue na Europa.

Quem não concorda com a forma como este processo está a decorrer na Europa não é xenófobo do mesmo modo que se espera dos que escancaram as portas à imigração não sejam rotulados de anarquistas. Eu e a generalidade dos cristãos com quem convivo temos uma boa relação com a lei, a democracia e a ordem. Esperamos que o mesmo seja correspondido e respeitado por todos, governantes, políticos, cidadãos nativos e imigrantes.


Solução? Cristo! Impossível? Não! O Homem já provou ser incapaz de resolver os problemas da humanidade começando pelos dele próprio.

Que Deus abençoe os imigrantes que se abrigam no meu país.

Samuel Dias

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