sábado, 12 de janeiro de 2013
Porque eu creio em Deus
"Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniquidade: não há quem faça o bem" (Salmo 53:1). Afinal, Deus existe ou não? Esta pergunta obscurece todas as outras que a humanidade possa fazer.
A vida do homem em sua plenitude é afectada pelo facto de o homem se considerar o ser supremo do universo ou reconhecer que existe um ser supra-humano que é objecto de seu amor ou de medo, uma força a ser desafiada ou um Senhor a ser obedecido.
Neste nosso tempo, em que o ateísmo militante está em marcha, espalhando-se como um micróbio mortífero através do mundo, temos que considerar o significado desta pergunta e as evidências da existência de Deus.
Por acaso os cientistas provaram que Deus não existe? Não existe nenhum ramo da ciência que examine maior porção da obra de Deus do que os astrónomos. Assim diz a Escritura: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Salmo 19:1). "Pois os seus atributos invisíveis... são claramente vistos desde a criação do mundo" (Romanos 1:20). Noventa por cento dos astrónomos de nossos dias acreditam em Deus! Aqueles que examinaram mais profundamente as obras das mãos de Deus acreditam n’Ele. Esta percentagem é maior entre os astrónomos do que entre operários ou vendedores de rua.
Aqueles que têm olhado com mais assiduidade para a obra da criação e observam as maiores distâncias que o homem já alcançou concluíram que, a mão que fez tudo isso, só pode ser divina.
Pierre Simon de La Place, um dos maiores dos nossos astrónomos, disse que a prova a favor de um Deus inteligente como o autor da criação está como o infinito contra um, considerando-se qualquer outra hipótese de causa final; que é infinitamente mais provável que um conjunto de escritos lançados a esmo sobre o papel produzisse a Ilíada de Homero, do que o universo ter uma outra causa além de Deus. Esta evidência a favor de Deus em oposição às evidências que se apresentam contra Ele como Criador do universo é como o infinito diante da unidade; não vale a pena tentar medir.
O argumento cosmológico vem do termo cosmos, que significa “o universo” e é desse termo que obtemos nossa palavra “cosmética”. Significa algo que está bem ordenado e belo. E existe tanta coisa que evidencia ordem que seria impossível fazer uma lista de todas elas.
Existe também o argumento teleológico. A palavra grega “teleíos” significa fim, finalidade; teleologia é aquele conceito filosófico que observa que no universo as coisas foram preparadas com um determinado propósito, para uma finalidade. Os ateus e evolucionistas (eles são quase invariavelmente os mesmos) detestam as palavras propósito e teleologia, porque eles afirmam que o mundo não tem propósito. Eles acreditam que é tudo um acidente gigantesco, simplesmente uma arrumação de átomos que aconteceu se juntarem por acaso. Embora as pessoas possam dizer que as coisas existam de uma forma incrivelmente complexa e que isso é a única razão por que estamos aqui, é difícil para a mente humana desconsiderar a fantástica quantidade de evidências de que alguém tem estado a providenciar nosso bem-estar.
Consideremos a massa e o tamanho do planeta em que fomos colocados. São do tamanho e massa exactamente adequados. Se a terra fosse dez por cento maior ou dez por cento menor, a vida seria impossível sobre a face da terra. Além disso, também a distância do sol tem a distância certa, pois é por isso que recebemos a quantidade certa de luz e de calor. Se estivéssemos mais afastados congelaríamos e se estivéssemos mais perto (como Vênus ou Mercúrio) também não sobreviveríamos.
Consideremos a inclinação do eixo da terra: nenhum outro planeta tem seu eixo inclinado assim - 23 graus. Esse ângulo dá condições para que todas as partes da terra sejam lentamente atingidas pelos raios solares, como um frango que está sendo assado numa churrasqueira. Se não houvesse essa inclinação no eixo terrestre os pólos acumulariam uma imensa massa de gelo, e as partes centrais, expostas continuamente ao sol, seriam quentes demais.
Outro aspecto surpreendente do nosso relacionamento no sistema solar é a existência da lua. Muitas pessoas não reconhecem o facto de que sem a lua seria impossível viver neste planeta. Se alguém conseguisse arrancar a lua de sua órbita, toda a vida cessaria em nosso planeta. Deus deu-nos a lua como se fosse uma criada para limpar o oceano e as praias de todos os continentes. Sem as marés originadas por causa da lua, todas as baías e praias se tornariam em poços fétidos de lixo e seria impossível viver perto delas. Devido às marés, ondas contínuas quebram-se sobre as praias, promovendo a aeração dos oceanos de terra, provendo de oxigénio as águas para a sobrevivência do plâncton, que é a base da cadeia de alimentos do mundo. Sem o plâncton não haveria oxigénio e o homem não poderia viver sobre a face da terra. Deus fez a lua do tamanho certo e a colocou à distância exacta da terra para realizar essas outras numerosas funções.
Existe também a maravilha da atmosfera terrestre. Vivemos sob um imenso oceano de ar - 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e mais 1% constituído de quase uma dúzia de outros elementos. Os estudos espectrográficos de outros planetas dos sistemas estelares do universo demonstram que não existe outra atmosfera, nenhuma parte do universo conhecido que seja feita desses mesmos ingredientes, nada com uma composição parecida. Esses elementos não estão combinados quimicamente, mas são misturados mecanicamente de modo contínuo, pelo efeito tipo maré causado pela movimentação da lua. É o mesmo efeito causado nas águas dos mares e quase sempre a mesma quantidade de oxigénio. Embora o homem descarregue uma tremenda quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, isso é absorvido pelos oceanos e o homem pode assim continuar a viver neste planeta. Se a atmosfera não fosse tão espessa ou alta como ela é, nós seríamos esmagados pelos biliões de pedaços do lixo cósmico e de meteoritos que caem continuamente sobre nosso planeta.
Consideremos também o fantástico ciclo do nitrogénio. O nitrogénio é um elemento extremamente inerte - se não fosse, seríamos todos envenenados por diversos compostos de nitrogénio. No entanto, por ser ele inerte, é impossível combiná-lo naturalmente com outros elementos. O nitrogénio é de vital importância para as plantas sobre a terra. Como é que Deus faz para transferir o nitrogénio do ar para o solo? Ele usa os relâmpagos! Cerca de cem mil raios ferem o solo diariamente, criando anualmente cem milhões de toneladas de nitrogénio útil como alimento das plantas.
A 60 quilómetros de altura existe uma camada fina do ozónio. Se essa camada fosse comprimida, seria reduzida a uns seis milímetros de espessura, e no entanto sem ela não haveria vida sobre a face da terra. Oito tipos de raios mortíferos caem sobre a terra continuamente, provenientes do sol; sem essa camada de ozónio, nós seríamos queimados, ficaríamos cegos, seríamos torrados em um ou dois dias. Os raios ultra-violetas são de duas qualidades: os raios mais longos, que são letais, são eliminados, e os raios mais curtos, que são necessários à vida na terra, são absorvidos pela capa de ozónio. E além disso, a camada de ozónio permite a passagem do mais mortífero dos raios, mas em quantidade mínima, apenas o suficiente para matar as algas verdes, que de outra forma cresceriam e encheriam os lagos, rios e oceanos do mundo.
Quão pouco reconhecemos o que Deus está continuamente fazendo para nos prover a existência. Podemos ver que vivemos sob a cobertura de uma fina camada de ozónio que nos protege de um bombardeamento de raios que não vemos, mas que constantemente caem sobre nossas cabeças. Debaixo de nossos pés existe uma fina crosta de rocha, mais fina que a casca da maçã, comparativamente. Sob essa camada está a lava derretida que forma o núcleo do nosso planeta. Assim é que o homem vive entre os ardentes e enegrecedores raios em cima e a lava derretida em baixo: qualquer um dos dois seria capaz de torrá-lo. Mesmo assim o homem vive totalmente alheado ao facto de que Deus providenciou toas coisas de modo a ser possível viver neste mundo.
Temos também a maravilha da água. Em lugar nenhum no universo, encontramos água em quantidade, como encontramos na terra. A água, o elemento deslumbrante solvente, dissolve quase tudo sobre a face da terra, menos aquelas coisas que sustentam a vida. Esse líquido maravilhoso existente também na forma de gelo, quebra rochas e produz solo. Sob a forma de neve, a água armazena-se nos vales. Como chuva, molha e limpa a terra. Como vapor, fornece humidade para a maioria das terras aráveis. A água existe como uma cobertura para a terra, na quantidade exacta. Se tivéssemos nuvens como Vénus, a terra não poderia existir. Mas nós temos invariavelmente 50% da superfície da terra coberta por nuvens em qualquer momento, o que nos permite receber a quantidade certa de luz solar. Como vapor, a água movimenta poderosa maquinaria que existe no planeta. Além do bismuto, é o único líquido que é mais pesado a 4ºC do que quando está congelado. E se não fosse assim, não haveria vida sobre a terra, pois congelada ela é mais leve e flutua. Se não fosse assim, os lagos e rios se congelariam de baixo para cima, matando os peixes. As algas seriam destruídas e nossa fonte de oxigénio cessaria - a humanidade morreria. Até mesmo a poeira tem uma incrível função em favor da humanidade. Se não fosse a poeira, jamais veríamos um céu azul. A 27 quilómetros de altura não há mais poeira da terra e o céu é sempre negro.
Nos seres humanos há muitas coisas que nos dizem que fomos criados por Deus. A nossa vida baseia-se no sangue que corre em nossas veias. O maravilhoso glóbulo vermelho, criado na medula óssea, desprende o seu núcleo quando atinge a corrente sanguínea. Para qualquer outra célula isso significaria a morte, algo como retirar o coração do homem. O glóbulo vermelho tem a forma semelhante a um pneu, muito mais pequeno claro. Sem o seu núcleo ele é capaz de carregar mais oxigénio para o corpo, devido a essa membrana e à sua forma. Se ele tivesse a forma das demais células, seria necessária uma quantidade nove vezes maior para prover oxigénio para o corpo humano.
Temos a maravilha das maravilhas: o olho humano! Como pode alguém observar o olho humano e admitir que ele surgiu por acaso? Os evolucionistas dizem-nos que onde houver uma necessidade a natureza vai providenciar o que é necessário. Você pode imaginar que nós precisávamos da visão? Ninguém nunca tinha visto nada, mas havia necessidade de se ver alguma coisa. Então a natureza criou o olho. Imagine, criou dois olhos no plano horizontal, de tal modo que não apenas podemos ver, mas também conseguimos medir as distâncias. Você já imaginou o que acontece com as suas lágrimas que fluem continuamente pelo seu olho? O Dr. William Paley escreveu uma obra clássica intitulada Teologia Natural, na qual ele discute o olho. "Afim de conservar o olho humedecido e limpo - qualidades necessárias ao seu brilho e para sua utilização - ele é lavado constantemente por meio de uma secreção destinada a esse fim; e a salmoura excedente é levada para o nariz, através de uma perfuração no osso, da grossura de uma pena de ganso. Quando a secreção chega ao nariz, ela se espalha sobre a superfície interna da cavidade nasal e é evaporada pela passagem do ar quente que o curso da respiração lança continuamente sobre ela... É fácil perceber-se que o olho deve precisar de humidade; mas poderia essa necessidade do olho gerar a glândula que produz a lágrima, ou cavar o orifício por onde ela é descarregada - um "buraco nosso?" Que o ateu ou o evolucionista nos diga quem cavou este buraco e colocou ali o encanamento para dispersão de nossas lágrimas. Sir Charles Scott Sherrington, famoso fisiologista inglês de Oxford, que escreveu uma obra clássica sobre o olho, disse: "Por trás do intrincado mecanismo do olho humano há vislumbres assombrosos de um plano-mestre." Quando confrontado com a escuridão, o olho humano aumenta cem mil vezes a sua capacidade ver. A câmara de filmar mais admirável jamais foi feita, nem sequer vagamente se aproxima de uma coisa tal, mas o olho humano faz isso automaticamente. Além disso, o olho humano encontra o objecto que "ele" quer ver e focaliza-o automaticamente. Ele alonga-se e comprime-se a si mesmo. Ambos os olhos movimentando-se juntos tomam ângulos diferentes para se fixarem naquilo que se há de ver. Quando o olho estava pronto para criar-se a si mesmo, teve também a previsão de proteger-se e construiu-se debaixo da saliência óssea, e também providenciou um nariz sobre o qual poderiam ser pendurados os óculos, de que a maioria de nós precisa. E providenciou também uma maneira de poder se fechar, afim de se proteger contra objectos estranhos.
Finalmente, poderíamos mencionar a incrível mente humana. Sir Henry Fairfield Osborn, um famoso antropologista moderno, disse: "Para mim, o cérebro humano é o mais maravilhoso e misterioso objecto de todo o universo." Pesando apenas cerca de um quilo e meio, ele é capaz de fazer o que 500 toneladas de equipamentos eléctricos e electrónicos não podem fazer. Contendo cerca de 10 a 15 biliões de neurónios, cada um deles um organismo vivo em si mesmo, ele realiza façanhas que intrigam a própria mente." O Dr. H. M. Morris disse: "Portanto, os homens que rejeitam ou ignoram a Deus, fazem-no, não porque a ciência ou a razão requeira que o façam, mas pura e simplesmente porque querem fazê-lo."
As Escrituras dizem: "E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado..." (Romanos 1:28).
Não apenas estas são razões convincentes para se crer na existência de Deus, mas eu creio em Deus porque creio em Jesus Cristo. As profecias, seu nascimento, vida e milagres, seus ensinos, sua morte e ressurreição e a realização contínua daquelas coisas que ele disse que faria, convencem-me de que Deus vive e que viveu em Jesus Cristo, e mais ainda: que agora mesmo pode transformar pessoas.
Eu creio em Deus. No entanto, crer nele não é suficiente, pois até o Diabo crê em Deus e estremece. É preciso não apenas crer que Deus existe, mas também crer que ele se encarnou em Jesus e que morreu por nossos pecados. Precisamos crer e nos arrepender de nossos pecados e nos lançar aos pés de Jesus. Precisamos confiar em Jesus, na sua morte pela nossa salvação. Se não fizemos isso, teremos que enfrentá-lo como Juiz na sua ira, naquele grande dia. Eu creio n’Ele e sei que ele está vivo. Ele vive em meu coração e já me garantiu a certeza de que viverei com ele para sempre.
É meu desejo sincero que essa mesma certeza possa ser sua, se é que você ainda não a possui.
Raul Kieselbach (raul@kieselbach.org)
Estudante de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina
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