"Há
quatro coisas que não voltam atrás: a pedra atirada, a palavra dita, a ocasião
perdida e o tempo passado"
Vivemos de
palavras. A vida e a morte estão na nossa boca: “A boca do justo é manancial de vida,
porém a boca dos ímpios esconde a violência.” Provérbios 10:11; “O que guarda a sua boca preserva a
sua vida; mas o que muito abre os seus lábios traz sobre si a ruína.”
Provérbios 13:3
Jesus disse que “… Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” Mateus 4:4
Jesus
AFIRMOU que o homem TAMBÉM vive da Palavra de Deus. As palavras, já se sabe que
são importantes para a vida, a Palavra de Deus é importante para viver melhor
ainda.
Há pessoas
que não sabem conviver com o seu semelhante por causa das palavras que dizem, logo, um cristão que conhece a Palavra ser
infeliz nas palavras que profere, é absurdo e lamentável.
- Ódio;
- Indiferença;
- Manipulação;
- Convivência pacífica;
- Tolerância;
- Graça;
- Amor.
Do ódio à
graça vai um longo discurso com muitas palavras que agora aqui não é possível
reproduzir. Pelo meio podíamos colocar “justiça”, “razão”, “relações familiares”,
“ou relações laborais”. “Amor”, coloquei-o no último estágio porque primeiro
que o quiser ter na sua forma mais perfeita deverá conhecer o que é também “graça”,
um conceito vastíssimo em matéria de relacionamentos.
Todo o
nosso tempo de relacionamento é usado a comunicar com as pessoas e o principal
meio empregado são nossas palavras. Portanto, é necessário estar sempre
vigilantes quanto ao que nossos lábios falam, pois através de palavras podemos
edificar ou destruir.
Há palavras
que são ditas e há palavras que são escritas.
Há ainda outras formas de comunicar: por toque, por gestos, sorrisos e “ar de desprezo”, por imagens, por facebook, por sms, etc…
Há ainda outras formas de comunicar: por toque, por gestos, sorrisos e “ar de desprezo”, por imagens, por facebook, por sms, etc…
A melhor
forma de comunicar é aquela em que olhamos nos olhos das pessoas e dizemos o
que sentimos com sinceridade, a pior forma é a escrita, por respostas indiretas
ou cínicas, ou porventura falar mal de alguém.
“Mas agora, despojai-vos também de
tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da
vossa boca.” Cl 3:8
Há dois
versículos bíblicos juntam no mesmo texto “torpeza” e “graça”:
“Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda
se nomeie entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem parvoíces (conversas tolas), nem chocarrices, que não
convêm; mas antes, ações de graças.”
Ef 5:3-4
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê
graça aos que a ouvem.” Ef 4:29
Sendo que,
GRAÇA é um estágio apenas ao alcance dos que recebem Cristo, pode dizer-se que
todo aquele que usa a sua boca para proferir torpezas só pode colher como
consequências DESGRAÇAS.
É uma desgraça
não ter amigos, não ter com quem ser autêntico, não ter chefe ou subordinados
que o estimem. È uma desgraça ter um relacionamento conjugal desfeito por causa
do orgulho e de querer ter sempre a última palavra a dizer.
Segundo as
Escrituras Sagradas, todo aquele que com a boca confessa a Jesus como seu
Salvador, e com o coração crê para a salvação, é feito nova criatura, passando
por uma transformação total em seu ser a começar pela sua língua.
"Assim também a língua é um
pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão
pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a
língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos membros, contamina
todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo
inferno. mas a língua, nenhum homem a pode
domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal”. Tiago 3:5,6,8
“Pois, quem quer amar a vida, e ver
os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;” I Pedro 3:10
À medida
que vamos crescendo em idades vamos também adoptando novas formas de comunicar.
Alguns nunca aprenderão a comunicar, apenas aprenderam a falar e só dizem
disparates. Transforma-se a mente, e as coisas antigas dão lugar às novas.
“O que eu tenho a dizer digo logo…” é a expressão mais vulgar nesta
área, e quem diz isto acha-se sempre uma pessoa muito honesta e conhecedora das
suas razões e direitos. Acha que tem direito a dizer o que lhe apetecer sempre
que quiser, só que nós devemos saber:
- quando deve ser dito, (tem tempo);
- onde dever ser dito, (tem lugar);
- se deve ser dito, (tem consequências);
- a quem deve ser dito, (tem destinatário).
Ainda que o versículo tenha a ver com doutrinas, o mesmo aplica-se aos comportamentos. Os princípios aplicam-se do mesmo modo. A conclusão é que há pessoas que falam apenas por ganância. Dizem palavras apenas com um intuito: destruir e matar os outros tentando através disso retirar proveito próprio. São as pessoas que tentam valorizar-se aos olhos dos que lhes estão próximos aproveitando-se das fraquezas dos outros.
Assim,
tirar as torpezas da nossa vida implica também mudar a nossa forma de falar COM
OS OUTROS E A RESPEITO DOS OUTROS.
Isto
implica, portanto, mudança no nosso falar. Alguém que nasceu em Cristo não pode
ficar preso à linguagem corrosiva que antes cultivava, porém deve passar a ser
um canal através do qual Deus manifestará a Sua Graça aos que ainda não foram
alcançados e também àqueles que já O conhecem e O amam.
Segundo o
ensino de Paulo, apóstolo de Cristo, o falar cristão deve estar livre de alguns
vícios altamente destrutivos:
a) Palavras torpes:
No original
grego, o termo traduzido por torpe é “sapros”, que era comumente empregado com
o significado de estragado, podre, decadente, muito utilizado em relação a
peixes, carnes, frutas e outros alimentos. Figuradamente, esse termo representa
o que é decadente, imoral, prejudicial, danoso, vergonhoso, indecente, nojento,
repugnante.
Palavras
torpes são aquelas capazes de provocar mal-estar aos outros, fazer com que as
pessoas se sintam desconfortáveis e ansiosas por deixar o local, ferir a
auto-estima alheia, ofender, humilhar, desanimar etc.
Os
palavrões são exemplos bem claros de palavras torpes. Brincadeiras capazes de
provocar humilhação, às vezes até mesmo sem intenção, também se enquadram nessa
categoria e devem ser evitadas.
Proferir
julgamentos contra nossos irmãos é uma forma de torpeza, visto que, quando o
fazemos, estamos não apenas usurpando uma prerrogativa que pertence somente a
Deus, mas estamos nos colocando em situação de superioridade em relação à
pessoa a quem julgamos e provocando redução de sua auto-estima, que pode
resultar em consequências muito graves.
De nossos
lábios não devem sair palavras de julgamento, críticas, murmuração, maldição,
maledicência, depreciação, intrigas, mentiras. Antes, nossa língua deve
proferir palavras de estímulo, gratidão, elogios sinceros, bênção, e tudo o
mais que for de bom, agradável e edificante.
Paulo é bem
claro quanto a isto, ao afirmar que de nossa boca deve sair palavra para
edificação, a fim de transmitir graça aos que ouvem.
b) Parvoíces:
Em algumas
versões, em vez de parvoíces consta palavras vãs ou conversas tolas. Segundo o
dicionário bíblico, significa tolice, cretinice, estupidez. Essas palavras
também significam asneira.
“Não usem palavras indecentes, nem
digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém. Pelo contrário, digam
palavras de gratidão.” Ef 5:4.
Um cristão
não deve andar em conversas tolas, visto que a Palavra de Deus é fonte de
sabedoria, e o Espírito Santo leva-nos a um proceder sábio.
Paulo diz: “a vossa palavra seja sempre agradável,
temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um”
(Cl 4:6).
A
murmuração é um câncer, que corrói não apenas a pessoa que murmura, mas também
afeta o próximo.
c) Reclamações:
Em Êxodo
16:3 “E os filhos de Israel
disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do SENHOR na terra do
Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão
até fartar! Porque nos tendes trazido a este deserto, para matardes de fome a
toda esta multidão”.
Há dois
tipos de pessoas que não sabem lidar com a adversidade: os escravos e os
mimados.
Pessoas que
nunca estão satisfeitas são como os escravos. Quando se lhes dá um pouco de
liberdade toda a opressão contida explode de um momento para o outro.
Este é um
reflexo que acontece também em pessoas com traumas do passado: vomitam tudo
para cima de quem lhes quer bem, e foi no caso, o que aconteceu com o povo de
Israel que em vez de demonstrar gratidão por Moisés na hora da dificuldade,
depois de terem visto tantos milagres, murmuraram com muita petulância.
Pessoas que
estão habituadas a viver na escravidão quando são abençoadas não estão
preparadas para lidar com a adversidade. Isto explica porque alguns pedintes não
conseguem mudar de vida.
Pessoas
mimadas também nunca estão satisfeitas porque ficam rapidamente muito inquietas
com qualquer desconforto que ocorra. O caso do moço rico é o mais evidente pois
tinha tantas riquezas mas por dentro estava completamente vazio.
Então, se
te deparares com uma pessoa que fala muito dos outros, que está sempre
insatisfeita, estás diante de um escravo ou um mimado.
A nossa
boca deve expressar nossa gratidão a Deus por tudo o que Ele nos dá. Devemos
agradecer pela nossa casa, pela família, pelo trabalho, pela saúde, pelas
tribulações que nos fazem crescer e amadurecer, etc.
Tiago exorta-nos
a fazer bom uso de nossa língua, proferindo palavras de bênção, e não de
maldição, e procurando refrear a língua, pois assim como ela pode edificar, também
tem enorme poder destruidor (Tg 3:1-12).
As palavras
devem ser usadas com ponderação em todas as ocasiões, seja no nosso lar, no
trabalho, na igreja, no ambiente escolar, em momentos de lazer, etc.
Há relações
em muitas famílias que são destruídas porque as pessoas não refreiam as suas
línguas, e não pensam antes de proferirem alguma palavra. Assim, cônjuges ofendem-se
mutuamente, desvalorizam-se um ao outro; pais amaldiçoam filhos, mesmo sem
querer e sem saber, ao atribuírem-lhes algum tipo de característica negativa.
Sigamos o
que diz Salomão: “Na multidão de palavras
não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.” (Pv 10:19)
“As palavras suaves são favos de
mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.” (Pv 16:24)
Samuel Dias
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