Há dias reencontrei alguém que não via há muitos anos... Partilhei algo relacionado com a congregação de que fazíamos parte na altura, acerca de como saí de lá...
O meu líder do grupo de louvor da altura disse-me depois de o questionar se eu seria rebelde se saísse de lá: "David sempre respeitou Saul, mas quanto este atentou contra a sua vida fugiu, não se deixou matar! Assim faz o mesmo, aguenta até sentires que a tua vida espiritual corre riscos... Nessa altura foge!".
Assim fiz... Aguentei até não poder mais... Não me deixei, porém, ficar moribunda, pois Ele veio para me dar vida e vida abundante!
Isto é um exemplo apenas, mas há um princípio que poucos conhecem... Existe o chavão de que todos os pecados são iguais, mas é falso! A própria Bíblia ensina que há pecados para morte e outros que não são para morte! Além disso, as consequências de um pecado que envolva terceiros terá sempre maiores repercussões que um pecado que envolve apenas a pessoa...
Há pecados que ferem a consciência de tal forma que o relacionamento com Deus é interrompido (pela pessoa) e outros que facilmente conseguimos pedir perdão e a comunhão é restaurada de seguida...
Uma mãe que tenha de mentir para salvar um filho não é igual a alguém que mata outro por raiva! Um divórcio de alguém que é maltratado e oprimido durante anos não é igual a outro por diferenças e desavenças não tratadas!
Criamos chavões e regras, colocamos todas as pessoas no mesmo saco e lançamos culpa sobre as pessoas, rotulando-as! Mas, na vida real, por vezes, é preciso escolher um mal menor e um pecado menor para não cair em pecados e males maiores! Por isso a nossa teoria e a nossa teologia tem de ser constantemente revista e adaptada à realidade, sob pena de termos uma teoria que não pode ser aplicada à vida do homem na carne!
Não estou a defender de modo algum o pecado, pois se for possível devemos agir sempre biblicamente, corretamente, andando em santidade e tudo o mais... Contudo, cuidado com as acusações, os chavões e os rótulos! Cada caso é um caso, e só há um Juiz!
Lucinda Alves
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