sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Casaram e viveram felizes para sempre.


A Bíblia começa com uma boda e rapidamente se segue uma guerra.

Depois do casamento o personagem seguinte que aparece é o diabo com a clara intenção de agredir Deus, os anjos e o casal.


Na realidade, o casamento está num contexto de uma guerra. É uma batalha espiritual. O diabo odeia Deus, o seu povo e especialmente odeia famílias. Ele, diabo, não é pai, não tem filho, não tem nora. É um ser incompleto na sua realização pessoal e a sua única satisfação é tentar conseguir adoradores. Especialmente ele odeia famílias cristãs por razões óbvias, elas procuram seguir Cristo.
Paulo disse em Efésios 5 que os maridos devem amar as suas esposas como Cristo ama a Igreja, então, isto quer dizer que a relação que Cristo quer ter com a sua Igrejas é como a relação que o marido deve ter com a sua esposa.

  • Um homem deve guiar a sua esposa amorosamente, humildemente e sacrificialmente.
  • Uma esposa deve respeitar o seu marido de forma idêntica aquele que a igreja deve ter por Jesus tendo-o por cabeça.
Logo, Satanás ataca os casamentos porque eles são uma representação do próprio Evangelho e o modelo que Jesus idealizou para a restauração da humanidade.

Destruindo um casal que está no ministério é ainda mais interessante para Satanás porque dessa forma ele atinge uma comunidade por completo tornando impossível a existência de famílias saudáveis numa igreja, e por conseguinte não havendo uma segunda geração a igreja local morre.

Estar casado portanto é um assunto muito sério. E ser casado e cristão ainda é mais sério.

O que é curioso é que Satanás não atacou Adão até que ele estivesse casado. Ou, seja, é depois de se estar casado que as piores lutas vêm e alguns enquanto estão noivos não se preparam para este combate, ou diria antes esta guerra.

A maioria dois filmes românticos acabam com um casamento. “Casaram e viveram felizes para sempre”. Mas isso é nos filmes, a vida real é outra coisa, e por isso deveria antes dizer-se “casaram e lutaram felizes sempre”.

Guerras que um casal pode travar:



I. Os segredos.

Sendo certo que as maiores lutas vêm depois do casamento, guardar segredos pode ser o início da queda. Depois que casaste continuas a colecionar segredos para com o teu conjugue? Então estás em rota rumo à queda no teu relacionamento.

Podes esconder alguma coisa de Deus? A resposta óbvia é não! O relacionamento de Deus para com Abraão era como quem não tinha nada para lhe esconder ou ocultar. Este é o relacionamento perfeito e ideal.

Se estar casado é como viver em guerra contra um adversário e estar em aliança, então a existência de qualquer segredo, por mais insignificante que seja, é o bastante para quebrar o contrato.

Na verdade, se há segredos é porque não há satisfação total. Ele ou ela, procuram satisfação noutras “pastagens” para preencher algum vazio, cuja culpa nem sempre está no outro conjugue, mas numa deficiência de carácter e de degradação natural (demoníaca) do próprio.

- Tens algum segredo?
- Qual é o segredo que tu tens?

Até que esse segredo, vergonha, pecado, seja eliminado da tua vida, tu não serás capaz de ter um relacionamento íntimo e de amizade com o teu conjugue.

II. Amargura.


Uma coleção de segredos, que podem nem ser segredos sexuais, pornografia ou adultério, podem levar à amargura e insatisfação.

A existência de segredos produz esquecimentos. Esquecimento de ser amoroso, humilde e sacrificial. A existência de segredos produz a falta de respeito, como “se não cuidas de mim também não te preocupes com mais nada” e os valores, cuidados e responsabilidades mudam de mãos. O marido não se preocupa mais com a educação dos filhos e de providenciar o bem-estar da família, e a esposa deixa de se preocupar com a administração do lar e de falar amorosamente.

Provérbios 18:21,22 “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto. Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor do Senhor.”

A nossa língua demonstra em primeira-mão as pessoas que somos, se pessoas amargas ou pessoas felizes. A amargura dita a morte de um relacionamento enquanto que aquele que com a sua língua produz verdade, bondade, perdão, paciência, cortesia, produz vida e um relacionamento feliz.


III. Deixar a mãe e o pai.


Muitos relacionamentos não funcionam porque os filhos não se tornam autónomos fisicamente, emocionalmente, psiquicamente, espiritualmente e financeiramente. Um novo casamento é uma nova família. Muitos pais e sogros são dramaticamente controladores e os seus filhos dramaticamente dependentes.

Em Itália há uma classe de jovens entre os 20 e os 40 anos que vive á custa dos pais desfrutando de boa vida sem terem que se preocupar. Será este o modelo de sociedade que queremos?


IV. Idolatria.


Romamos 1:25 “pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.”

O conjugue não pode ser maior que Deus na tua vida. Quando o teu conjugue se torna a tua única prioridade na vida tudo o restante que Deus criou e represente se esvai e perde o significado. É Deus quem é o autor do amor e da fidelidade. É Ele que é o criador da pessoa que está ao teu lado e foi Ele também Quem te deu um parceiro para teres prazer sexual.

Muitos conjugues exigem uma perfeição no outro que só pertence a Deus. Exigem do seu parceiro aquilo que deveriam antes pedir a Deus. Foi Deus quem disse que não é bom que o homem esteja só, portanto, foi o Criador que te deu e proporcionou essa possibilidade de seres feliz, completo e realizado. Não podes portanto exigir ou tornar Deus que não é e nunca será.

(Texto usado nos Convívios de Casais de CFC Fernão, continua com outros tópicos…)

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