A expressão “povo escolhido” é usada, abusada e
ridicularizada como referência a Israel em comentários nas redes sociais.
Cristãos bem intencionados usam repetidamente esta expressão para defender o
“povo de Deus” dos ataques dos meios de comunicação e dos movimentos
anti-sionistas.
Na tradução
bíblica de João Ferreira de Almeida há 207 expressões “meu povo”, 7 das quais
no Novo Testamento. Grande parte destas expressões nem sequer são “mimos” por
parte de Deus, antes pelo contrário, são correcções, exortações e castigos.
Portanto, assumamos desde já que ser “filho” não é por si só um privilégio mas
também são aplicadas punições. Além do mais, o profeta Oseias lança um aviso
profético: “… Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada à que não era amada.” Romanos 9:25 (citação de Paulo resumindo Oseias
1:9,10)
Depois
de “pularmos” a história da criação e percebermos a vontade que Deus foi sempre
ter um relacionamento com a sua criação, o Homem, chegamos a Noé onde o Criador
se enfastia da corrupção humana e recomeça tudo de novo a partir de uma família
só. Mais uma páginas à frente, encontramos um homem, Abraão que recusa
contaminar-se com a ganância e luxúria dos habitantes de Sodoma e Gomorra
preferindo ser amigo de Deus e de quem o próprio Eterno não consegue esconder
coisa alguma.
O primeiro registo do relacionamento de Abrão com Deus é este: “Ora, o Senhor
disse a Abrão: “Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai,
para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação;
abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos
que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão
benditas todas as famílias da terra.” (Genesis 12:1-3)
O resumo deste começo pode ser qualquer coisa como isto: Havia um homem que
tinha um relacionamento com Deus; Deus promete-lhe uma terra e prosperidade; e
promete também uma descendência através da qual todas as famílias da terra
seriam abençoadas! A um dos filhos de Abraão nasce Isaque. Isaque tem dois
filhos, Esaú e Jacó, gémeos, e Jacó que mais tarde é chamado Israel. Israel tem
doze filhos e à descendência de Judá é prometido o Messias, Jesus, redentor de
Israel e da humanidade.
Êxodo 19:5 “Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra.” Foi assim durante muitos anos o relacionamento de Deus com um povo; um relacionamento de direitos e deveres; de promessas e mandamentos para cumprir.
“Povo escolhido”, a expressão mais vulgarizada, é utilizada apenas uma vez na Bíblia e lamentavelmente não é por uma razão positiva: “Assim virá o rei do norte, e levantará baluartes, e tomará uma cidade bem fortificada; e as forças do sul não poderão resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força para resistir. (Daniel 11:15)
“Povo escolhido” é isto: um povo que teve na sua liderança homens que se mantiveram “mais ou menos” em obediência aos preceitos de Deus. Para contrariar a “pureza do sangue” e para lembrar o propósito de Deus para abençoar todas as nações, entram na linhagem messiânica duas mulheres estrangeiras, uma prostituta, Raabe e uma moabita, Rute, descendente de uma relação incestuosa do sobrinho de Abrão, Lot, com as suas filhas!
Além do propósito de Deus, escolhendo um povo para trazer o Messias ao mundo, há ainda um outro: “para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte; a fim de que vós também temais ao Senhor vosso Deus para sempre.” Josué 4:24. E foi assim mesmo, O Deus de Abraão, Isaque e Jacó era conhecido em muitas partes do mundo, do Oriente até à Europa, pois durante às três principais festas do santuário, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, nos dias de Jesus, compareciam muitos estrangeiros de diferentes partes do mundo.
Êxodo 19:5 “Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra.” Foi assim durante muitos anos o relacionamento de Deus com um povo; um relacionamento de direitos e deveres; de promessas e mandamentos para cumprir.
“Povo escolhido”, a expressão mais vulgarizada, é utilizada apenas uma vez na Bíblia e lamentavelmente não é por uma razão positiva: “Assim virá o rei do norte, e levantará baluartes, e tomará uma cidade bem fortificada; e as forças do sul não poderão resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força para resistir. (Daniel 11:15)
“Povo escolhido” é isto: um povo que teve na sua liderança homens que se mantiveram “mais ou menos” em obediência aos preceitos de Deus. Para contrariar a “pureza do sangue” e para lembrar o propósito de Deus para abençoar todas as nações, entram na linhagem messiânica duas mulheres estrangeiras, uma prostituta, Raabe e uma moabita, Rute, descendente de uma relação incestuosa do sobrinho de Abrão, Lot, com as suas filhas!
Além do propósito de Deus, escolhendo um povo para trazer o Messias ao mundo, há ainda um outro: “para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte; a fim de que vós também temais ao Senhor vosso Deus para sempre.” Josué 4:24. E foi assim mesmo, O Deus de Abraão, Isaque e Jacó era conhecido em muitas partes do mundo, do Oriente até à Europa, pois durante às três principais festas do santuário, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, nos dias de Jesus, compareciam muitos estrangeiros de diferentes partes do mundo.
Exactamente como os profetas disseram, Jesus é rejeitado pelo seu povo e Ele próprio, O Messias chora: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!” (Mateus 23:37)
Outra expressão bíblica aplicada ao “povo escolhido” é “raça”. “Raça santa”, “raça maligna”, “estou trazendo o mal sobre toda a raça”, “raça de víboras” quatro vezes, “contra a nossa raça” como alusão a um Faraó que maltratava o povo hebreu no Egipto, e “minha raça” como expressão de Paulo referindo-se ao seu próprio povo de forma pouco agradável.
Outra palavra bíblica usada referido-se ao “povo escolhido” é “eleita”: “pedra eleita”, geração eleita” e “co-eleita em Babilónia” por Pedro; “senhora eleita” e “eleita” por João.
Claramente, agora, “povo escolhido” é aplicado a judeus e gentios unidos pelo cumprimento da palavra proferida pelos diferentes profetas ao longo da história e no domínio do propósito alcançado por Deus, por via da escolha de um povo através do qual desde Adão “regressa à terra” um novo Homem para dar início a uma nova história da humanidade.
Portanto, aplicar “povo escolhido” a um povo só é muito redutor e pobre e se for mal aplicado pode resultar em muita confusão.
Contudo, rejeitar o irmão mais velho e preferir o irmão mais novo parece também uma aberração. O Pai ama os dois filhos do mesmo modo. Jesus demonstra claramente que pelo facto do filho mais velho ter ficado em casa isso não o torna especial relativamente ao mais novo, apesar de este ter andado pelo mundo sem valores e sem princípios a desperdiçar tudo quanto o Pai lhe tinha doado por motivo da sua inconsciência e perversão. Nenhum Pai gosta de ver os seus filhos a lutar um com o outro por privilégios especiais, ele ama aos dois do mesmo modo e sabe que coisas diferentes cada um deles necessita.
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