Nunca se
falou tanto em auto-estima como nos dias de hoje. Vivemos dias em não falta o
conhecimento sobre coisas que contribuem para o nosso bem-estar mas a realidade
é que as pessoas estão cada vez mais doentes, insatisfeitas, stressadas,
ansiosas e inseguras.
A luta
desenfreada dos pais pela conquista dos bens efémeros deixou completamente
desamparados os seus filhos que cresceram à custa dos exemplos dos seus pares,
sem valores, sem educação e sem Deus.
O ser humano desenvolveu expectativas relativamente ás coisas, aos bens, à posse, à imagem e na verdade essas coisas não satisfazem. A realidade é que enquanto colocamos o nosso desejo nas coisas a nossa relação com a vida fica ainda mais prejudicada.
“Auto-estima”
parece ser uma palavra nova mas o seu conceito não é. Em Mateus 19:19 Jesus
disse: “honra a teu pai e a tua mãe; e
amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Amar “Como a ti mesmo” é uma condição essencial para um relacionamento
saudável com outro ser humano.
Vamos considerar
alguns dos elementos essenciais para o nosso bem-estar:
- Respeito: o respeito pelos outros depende do
respeito que temos por nós próprios;
- Admiração: necessitamos de admirar e valorizar
tanto os outros como nós próprios;
- Confiança: a confiança faz-nos chegar mais
longe, faz-nos acreditar e reforça a nossa fé.
Para
algumas pessoas, porém, é necessário percorrer um longo caminho para alcançar
estes três ingredientes essenciais à nossa sobrevivência.
A autonomia
de uma pessoa, ou aquilo que a torna capaz para uma vida plena, está na
capacidade que ela tem de se renovar na sua mente, valorizando-se e
aceitando-se a si própria.
Em Romanos
12:2 diz: “E não vos conformeis a este
mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
As pessoas
derrotadas são pessoas conformadas e dependem de tudo menos de si próprias: dependem
do pai, dependem da mãe, dependem do patrão, dependem da troika, dependem do cônjuge,
do namorado, da tecnologia, da electricidade. O mundo está cheio de coisas que
nos amarram e escravizam. Se não temos cuidado ficamos doidos em pouco tempo.
II. Características das pessoas
derrotadas e com baixa auto-estima.
1. Como somos abatidos
A crítica,
a desvalorizacão e a comparação com outros, são os três elementos mais predominantes
que contribuem a destruição do nosso equilíbrio mental. A infância e á fase
onde a nossa estrutura pessoal se começa a construir e é ai, na maioria das
vezes, que começam os desastres: os elogios aumentam a auto-estima e as
críticas baixam-na.
A Bíblia
diz que aquilo que pensamos de nós próprios irá determinar aquilo que seremos
no futuro: “Porque, como ele (o
homem) pensa consigo mesmo, assim é.”
Provérbios 23:7a.
Somos, em
grande parte o resultado daquilo que pensamos a nosso respeito. Temos portanto
que nos apropriarmos de conceitos e valores saudáveis enquanto ao mesmo tempo retiramos
nossa mente pensamentos inadequados. Temos que eliminar hábitos errados de
pensar. Isso não é fácil, mas é possível, corrigir as distorções do pensamento
através da modificação dos pensamentos nocivos.
Os nossos
comportamentos são uma consequência dos nossos pensamentos: Tiago. 1:15 “…então o desejo, havendo concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” O desejo, a
maquinação, o pensamento, está na origem das nossas ações e por conseguinte terá
também as suas consequências.
Nos nossos
pensamentos são formadas as crenças que adquirimos ao longo da vida em relação
a nós mesmos e aos outros. Mudar isso de um dia para o outro não é de modo
nenhum uma tarefa fácil. Os nossos pensamentos dialogam connosco interiormente
tanto que por vezes damos connosco a falar sozinhos e algumas dessas conversas
são em grande parte episódios que ocorreram no passado e porventura algumas
deles desabafos de raiva contida.
Também
falhamos, erramos e pecamos, e isso destrói de alguma forma o nosso bem-estar
emocional e psíquico. Contudo, a forma como gerimos os nossos erros também faz
a diferença no nosso presente e no nosso futuro.
2. Consequências nos mais
vulneráveis:
- São muito
críticas e só elas é que sabem fazer bem as coisas.
- São muito
inseguras;
- Estão
constantemente insatisfeitas e a resmungar por tudo e por nada, nada funciona
como desejariam;
- São muito
egocêntricas e completamente desinteressados pelos outros;
- Não
valorizam as suas conquistas, o que têm, e atacam frequemtemente as pessoas que
estão á sua volta, têm “pavio-curto” com as pessoas próximas;
- Não planeiam a longo prazo, querem tudo imediatamente;
- Não planeiam a longo prazo, querem tudo imediatamente;
- Os outros
é que são responsáveis pelo seu mau-humor e têm sempre que aprovar tudo o que
fazem e dizem; não podem ser contrariados;
III. Consequências para a pessoa
Este tipo
de prisão de pessimismo, derrota e baixa auto-estima fazem explodir a
capacidade da pessoa viver feliz, tranquila e bem sucedida. A pessoa bloqueia a
sua capacidade de interpretar as adversidades que surgem na vida de uma forma
equilibrada e saudável. Há pessoas que em vez de seguir os princípios de Deus
para a sua vida querem ser o seu próprio Deus.
Há
inclusive pessoas que se afastaram de Deus porque Ele “não lhes deu” o que
queriam, quanto queriam e quando queriam, e isto também, fruto de um excesso de
mensagens de prosperidade e curas instantâneas. A cura maior que necessitavam
era no seu interior, nos seus valores, no relacionamento com a sua família, no
respeito pelo próximo e no temor a Deus.
A vida,
quando não é vivida em atitude de constante gratidão a Deus por tudo o que
temos, é sabotada repetidamente pelos eventos temporais. Sem Deus a pessoa
perde a capacidade de interpretar as adversidades.
Romanos 8:28
lemos: “E sabemos que todas as coisas
concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito.”
Então, em
concordância com esta afirmação bíblica temos que:
- Todas as
coisas são boas para aqueles que estão no propósito d’Ele;
- Haverão
coisas que se desejam mas não tão importantes quanto o estar no propósito de
Deus;
- Haverão coisas que nos são concedidas mas se não estão no propósito de Deus tão depressa ficaremos sem elas de novo;
- Haverão coisas que nos são concedidas mas se não estão no propósito de Deus tão depressa ficaremos sem elas de novo;
- Há quem
queira coisas mas não quer Deus na
sua vida;
- Há quem
fique transtornado psicologicamente pelas interpretações relacionadas com
coisas, em vez de buscar a graça que vem de Deus.
IV. Como melhorar a minha relação
com a vida.
Melhorar a
“relação com a vida”, quer dizer: com Deus, comigo próprio, e com os outros. Auto-estima
cristã é, se Cristo fizer parte da nossa vida, desejar ser a melhor pessoa que
for possível, em todos os aspetos, principalmente em relação a Deus.
Como se
referiu no início é preciso insistir de novo na recuperação da auto-estima
pessoal. É vital recuperar:
- o
respeito por nós próprios;
- a admiração
por nós próprios;
- e a
confiança por nós próprios.
E isso consegue-se
com a ajuda de Deus.
Em
Filipenses 4:8 encontramos a fórmula para a gestão dos nossos pensamentos “…tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o
que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que
ocupe o vosso pensamento”.
Nós sabemos
filtrar o que é bom para a nossa alimentação. Escolhemos entre o que gostamos e
o que não gostamos, o que é saudável e o que não é, e com os nossos pensamentos
devemos actuar do mesmo modo: pôr de parte o que não presta e pensar apenas no
que é bom.
As pessoas
querem coisas, cura, dinheiro, paz, mas esquecem-se da GRAÇA DE DEUS como uma
das maiores prioridades que devem conquistar.
Paulo, em Romanos
12:3 adverte-nos: “Porque pela graça que
me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que
convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a
cada um”.
Sermos boas
pessoas não depende do que fazemos ou do que temos. Depende do que somos em
Cristo! Salmos 16:1,2 “Guarda-me, ó Deus,
porque em ti me refugio. Digo ao Senhor: Tu és o meu Senhor; além de ti não
tenho outro bem.”
O maior bem
de uma pessoa completa é Deus e tudo o resto são meros acessórios. Uma relação
correta com Deus e a prática da Palavra produz saúde física, psíquica e
emocional, abundantes. Uma pessoa com uma satisfação pessoal completa e uma
auto-estima sadia não precisa de se satisfazer com o pecado.
- O pecado
é a opção de quem não tem Deus.
- A escravidão é a opção de quem não conhece a vida que brota da Palavra de Deus.
- A escravidão é a opção de quem não conhece a vida que brota da Palavra de Deus.
- A morte é
a consequência naqueles em quem o Espírito não motiva a vida.
Jesus veio
para que tivéssemos vida com abundância. “Mas
buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.” Mateus 6:33
http://www.vagalume.com.br/fernanda-brum/meu-bem-maior.html
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