Mateus 1.18 “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi
assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela
se achou ter concebido do Espírito Santo.”
1. A concepção de Maria.
Lucas 1:26-35
“Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por
Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um
varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve,
agraciada; o Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito
e pôs-se a pensar que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois
achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual
porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o
Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a
casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma
vez que não conheço varão? Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo,
e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer
será chamado santo, Filho de Deus.”
Na prática, permita-se dizer, um anjo apareceu a uma noiva virgem para dizer que lhe estragaria o casamento.
Sem pôr em causa que a
grande maioria das jovens virgens de Israel esperavam ser a mãe do Messias o
facto é que o futuro de dois jovens virtuosos abanou, tanto que, quando José
soube, quis deixá-la.
O texto não nos revela que
diálogos eles tiveram sobre o assunto, especialmente depois de José saber, o
que sabemos é que ele quis salvar tanto a sua honra como evitar acusá-la, deixando-a
secretamente. Também não é claro quando se realizou o casamento mas certamente
foi realizado estando Maria grávida.
O que é claro é que Maria OUVIU a voz de Deus e confiou.
O que é claro é que Maria OUVIU a voz de Deus e confiou.
2. Um noivo confuso.
Mateus 1:20-25
“E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe
apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a
Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo; ela dará à luz
um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus
pecados.
Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que
fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à
luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.
E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do
Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não a conheceu enquanto ela não
deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.”
Para José o episódio não foi fácil de assumir. Ao intentar deixá-la secretamente ele a abandonaria à sua sorte mas sem a acusação pública de magistrados de acordo com a Lei e que a levaria de imediato ao apedrejamento. Porém, a probabilidade de ela ser exposta ao escândalo e à exclusão social é mais que certa.
A dado momento neste
relacionamento parece que estamos num impasse muito sério em que temos por um
lado um homem justo, culto, e instruído até mesmo nas promessas e expectativas
judaicas relativamente ao Messias mas ao mesmo tempo incrédulo na palavra da
Noiva e determinado a abandoná-la. O texto é claro que se ele “não a queria
infamar” (ou acusar) é porque a amava, estava ligado a ela, mas um conflito
interior forçava-o a tomar outra decisão.
Estamos portanto diante de
um relacionamento com uma brecha grave e que teria tudo para não dar certo.
Mas nós estamos a lidar também
com um homem que sabe OUVIR Deus.
E o Espírito Santo revela-se
a José, ele aceita Maria como sua legítima esposa, e não lhe toca até que ela
concebe Emanuel.
Quando um casal, tanto um
como o outro sabem ouvir Deus, confiam, obedecem e Deus abençoa.
Não é claro como foi
resolvida a situação de estar Noivo de uma jovem grávida mas convenhamos que no
contexto cultural, mesmo sem o aparente e inicial atestado civil do matrimónio,
o noivado era uma responsabilidade já por si bastante séria para ser respeitado
pela restante sociedade. Seja como for, o casal unido e sob a protecção de Deus
superaram a dificuldade.
3. Alguns meses depois.
Surge um censo e uma viagem
forçada.
Lucas 2:1-6
“Naqueles dias saiu um decreto da parte de César
Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado.
Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio
era governador da Síria.
E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré,
à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, a fim de
alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia
de dar à luz,”
Que o casal tem de andar junto não é novidade, mas agora são as condições de
vida da época que nos devem fazer reflectir. Na escassez quase não há
reclamações. Reclamar parece ser um luxo de quem vive na abundância.
Não creio que Maria tivesse reclamado porque teve de andar de camelo grávida ou porque quando chegaram a Belém não havia lugar na estalagem porque José não fez a reserva no hotel a tempo e horas.
Que tipo de reclamações você
faz na sua família? Quais são as soluções que você aponta para a resolução dos
problemas? O que pesa mais? As suas reclamações ou as suas soluções?
A bênção de Deus é ordenada
na unidade mesmo em contexto de adversidade. A adversidade gera maturidade, a
confiança gera segurança. O problema que o casal enfrentou no início do seu
relacionamento já não é precursor de qualquer conflito. Eles atingiram a
maturidade para poder ultrapassar qualquer dificuldade.
- Algumas mulheres fazem um
chinfrim quando qualquer coisa não lhes corre como desejam.
- Alguns homens gritam e
desesperam quando a sua paciência é posta à prova.
A história de José e Maria
têm três verbos fundamentais: Ouvir, confiar e obedecer. A nossa forma de falar
afecta a nossa vida. “Não critique, não condene, não se queixe” – os três
“nãos” de Dale Carnegie
Deus ordena a bênção onde há
união. (Salmo 133)
4. Casados de fresco, um bebé, e uma mudança de
planos.
Mateus 2:13-15
“E, havendo eles se retirado, eis que um anjo do
Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe,
foge para o Egito, e ali fica até que eu te fale; porque Herodes há de procurar
o menino para o matar. Levantou-se, pois, tomou de noite o menino e sua mãe,
e partiu para o Egito. E lá ficou até a morte de Herodes, para que se
cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Do Egito chamei o
meu Filho.”
De novo Deus dá orientações à família: Há uma hora em que tudo tem que ser deixado para trás e é preciso dedicar mais atenção à família. José teve que abandonar o seu negócio e os seus clientes sem aviso e proteger a sua família.
Mais uma vez a sobrevivência
da família dependeu da sua disponibilidade para ouvir Deus e dar atenção à
maior de todas as prioridades: a família.
Todos nós andamos ocupados
com muitas coisas e muitas vezes não podemos negar a importância delas quanto
mais deixar o que estamos a fazer. Mas no mínimo poderíamos abrir os nossos
ouvidos para ouvir o que Deus tem a dizer sobre o que fazer na nossa casa.
5. A gestão das dificuldades numa família madura.
Lucas 2:41-46
“Ora, seus pais iam todos os anos a Jerusalém, à
festa da Páscoa. Quando Jesus completou doze anos, subiram eles
segundo o costume da festa; e, terminados aqueles dias, ao regressarem, ficou o
menino Jesus em Jerusalém sem o saberem seus pais; julgando, porém, que
estivesse entre os companheiros de viagem, andaram caminho de um dia, e o
procuravam entre os parentes e conhecidos; e não o achando, voltaram a
Jerusalém em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no
templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os.”
Depois do Egipto o episódio
seguinte é Jesus com 12 anos em Jerusalém na festa da Páscoa. Quando
regressavam a casa depois de um dia de caminho deram por falta do menino.
- Onde está o garoto?
- Mas não está contigo?
Quando aparece um problema
em casa a primeira coisa que alguns fazem é encontrar um culpado e não a
resolução do problema.
Se uma casa está a arder o
que é que você faz? Apaga o fogo ou procura o culpado?
Resposta: Apaga o fogo!
Se alguém comete um erro o
que é que você faz? Acusa a pessoa ou ajuda a solucionar o erro?
Resposta: Acusa a pessoa!
Esta é a diferença que faz
na nossa formação de carácter. Muitos conflitos ocorrem nas famílias mais por
causa de coisas do que por causa dificuldades pessoais. As coisas tendem a
prevalecer sobre os sentimentos dos outros. É mais fácil acusar do que
resolver.
A acusação gera divisão. A
ajuda a resolver as dificuldades gera união. José e Maria voltam para Jerusalém
juntos. Vão resolver o problema juntos.
Nesta família existem
valores significativos:
- Eles ouvem a voz de Deus
- Pensam antes de falar
- Criaram os seus filhos
satisfatoriamente
Com este texto faça uma introspecção à sua vida. Avalie as suas prioridades e faça melhorias significativas na sua família.
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