quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A conquista da vontade


A "vontade" é uma das maiores dádivas atribuídas por Deus ao Homem. Ela é um factor determinante de todas as escolhas da vida e nada é realizado por nós sem o exercício desta importante faculdade.

Portanto, é portanto imprescindível uma boa gestão deste potencial, desta capacidade, desta conquista, a fim de que todas as nossas decisões resultem no nosso bem. O mesmo Deus que nos deu esta capacidade também respeita a vontade do ser humano, ainda que este rejeite o seu criador.

As nossas decisões determinarão que tipo de pessoas seremos nesta terra e também onde passaremos a eternidade.



Deus criou o homem com a capacidade de tomar decisões.

Por causa da imagem de Deus conferida ao homem, somos detentores do “livre arbítrio”, isto é, a capacidade de tomar decisões, umas certas e outras erradas, umas em consciência e outras em total ignorância. Satanás trabalha para trazer prisões às mentes das pessoas e dessa forma enfraquecer a nossa vontade para nos dominar.

O Homem herdou uma tendência natural dos seus primeiros pais para responsabilizar os outros, ou as circunstâncias, pelas suas escolhas. Mas a verdade é que homem é livre para fazer escolhas e, portanto, ser responsável. Se uma pessoa vive repetidamente a transgredir os conselhos de Deus, i.e., vive no pecado, é porque gosta desse estilo de vida e decidiu permanecer nele. Ainda assim tem a liberdade de mudar de "vontade", decidir arrepender-se e voltar-se para Deus.

A vontade do homem é seu eu real.

A nossa vontade está na origem de todas as escolhas e decisões. A vontade revela o nosso próprio carácter do próprio. É impossível dissociarmo-nos da nossa vontade, pois é o reflexo do que nós somos por dentro.

A vida espiritual começa com uma escolha.

Jesus declarou em Lucas 22:42: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contanto, não se faça a minha vontade, mas a Tua”.

Conquistar a vontade é alcançar a plena liberdade para rejeitar o mal e seguir o bem, a verdade, o caminho proposto pelo Pai. Foi por isso que Jesus expressou: “a minha comida é fazer a vontade do Pai que me enviou a realizar a sua obra” João 4:34.

A vontade de Deus deve tornar-se o alvo da nossa vida, em vez do "eu".

O arrependimento sincero implica abandonar um estilo de vida centrado no "EU" em favor da vontade do Criador e Pai.

A vontade do Homem deve unir-se à vontade de Deus.

A união com Deus implica em harmonia. Quando a vontade do homem se une à vontade de Deus, a consequência natural é a obediência. Desobediência significa simplesmente rejeitar a vontade divina e seguir os nossos próprios desejos.

A obediência é o fruto da união com a vontade do Pai, a desobediência é a alienação da mesma. A união com Deus traz harmonia entre a vontade de Deus e a do homem.

“E quem não toma a cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” Mateus 10:38.

A vontade como censor dos pensamentos.

O nosso subconsciente é um reservatório de experiências passadas. Torna-se necessário que a nossa vontade seja livre para que ela possa ser algum um tipo de censor dos nossos pensamentos.

Quando o inimigo usa o subconsciente para projetar pensamentos na nossa mente, estamos diante de uma guerra declarada contra nós.

É aqui que entra o uso de uma vontade restaurada. Ela tem o poder de aceitar ou rejeitar esses pensamentos.

Quando a vontade cessa de resistir a Satanás em alguma área, ele assume o controlo.

Se a vontade não se posiciona contra esses intrusos, eles instalam-se na mente e produzem o seu fruto daninho. Satanás não terá condições de destruir um filho de Deus que aprendeu a usar a sua vontade para seguir o caminho proposto por Deus.

A renovação da mente traz força à vontade e liberta do jugo.

É através desta renovação que tomamos consciência do que somos e temos em Cristo, bem como das estratégias inimigas e o modo de as vencer. É desta forma que a tentação perde a sua força.

Jesus disse: “Vem aí o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim” João 14:30: Ele queria dizer que Satanás não conseguia levá-lo a agir de acordo com suas insinuações e influência. Nada, nas palavras, pensamentos ou atitudes, o Mestre manifestou qualquer resquício de tal influência. O inimigo não tinha por onde entrar na sua vontade.

II. A PASSIVIDADE DA VONTADE

Cada vez que uma pessoa vive ao sabor das circunstâncias, está em terreno escorregadio. A obra demoníaca na vida de alguém agrava-se quando a vontade é passiva. Quando a pessoa deixa de ser activa do uso da sua vontade, o mal tomará vantagem e impelirá a pessoa a seguir impulsos para fora de seu controle.

Deus não pode usar o crente de vontade passiva.

SINTOMAS DA PASSIVIDADE

- Inércia ou indolência na vontade;
- Inconstância: muitas tarefas inacabadas;
- Incapacidade de concentração da mente;
- Inércia física, acções mecânicas;
- Incapacidade de tomar decisões ou iniciativa.

LIBERTAÇÃO DA VONTADE

Não existe prisão que não possa ser quebrada, especialmente quando nos expomos às verdades da Palavra de Deus. Se você pode discernir áreas em que a sua vontade está aprisionada, não desespere, há provisão em Jesus para a sua libertação.

Exposição do engano pelo recebimento da Verdade.

O engano é detetado pelo confronto com a verdade. Só o conhecimento desta pode levar à libertação da passividade da vontade: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” João 8:23.

Somos todos suscetíveis ao engano e, por isso, precisamos adoptar uma posição de humildade e de coragem para enfrentar os problemas de frente, dispostos a saber a verdade sobre nós mesmos, a fim de que algo seja feito para o devido conserto.

Uma das maneiras de conhecermos a verdade sobre nós próprios, é analisar as observações e críticas daqueles que são mais chegados.

Uma atitude sadia caracteriza-se por admitir áreas de engano, descobrir que algum terreno foi dado ao inimigo, e não esquecer que a sua infiltração é determinada pelo grau de passividade.

A quebra da passividade pela activação da vontade.

A vontade é activada respondendo-se à vontade de Deus. Cada vez que nós tomamos conhecimento de algo que agrada a Deus e decidimos fazê-lo, estamos activando a sua vontade. Por exemplo: “bendizei a todos os que vos perseguem” Mateus 5:44.

A vontade é impulsionada pela fé. A fé é sempre activa. É pela obediência, pela acção, pela resposta, que a fé se manifesta. Quando nós andamos em fé, estamos a avtivar a vontade. Nada é passivo na fé. A fé sempre exige acção.

A vontade é fortalecida pela verdade. Quanto mais nos expomos à verdade, tanto mais somos fortalecidos na vontade de Deus. A verdade revela o engano. O engano, uma vez descoberto, é erradicado da vida. A própria busca e expõe-se à verdade. A exposição à verdade é só por si fruto do uso do nosso privilégio de decidir.

O poder do Espírito Santo na nossa vida é a força que pode expulsar as prisões da vontade. Ele habita em nós e o seu poder está à nossa inteira disposição.

O exercício da vontade pela tomada de decisões.

A pessoa passiva não age por vontade própria. A libertação deste cativeiro passa por uma libertação da vontade.

Firme-se, portanto, nas suas decisões e rompa com a inconstância.

Comece com pequenos alvos e vá estabelecendo metas maiores à medida que se mantém firme no que decidiu. Quando isto acontecer, você está apto a romper com as cadeias do Diabo em sua vida.

Esteja disposto a enfrentar as decisões erradas.

Quem não entra em campo por medo de errar, nunca sai da posição de expectador passivo. Nada faz. Não permita que o inimigo use um erro seu para destruir a sua vida. O risco de cometer erros não deve ser obstáculo à tomada de decisões na vida.

Aceite a responsabilidade de tomar decisões.

Há muitos que temem tomar decisões por medo das consequências. Deus deu-nos a responsabilidade de tomar decisões. O homem é responsável pelo que escolhe. Se escolhe o mal, não deve colocar a culpa sobre outra pessoa, mas admitir o erro e prosseguir rumo ao crescimento.

Pare de ser guiado por circunstâncias.

Não seja movido pelos ventos que sopram de um lado ou de outro. A passividade sugere que Deus está tomando todas as decisões no seu lugar. Deus aponta-nos o caminho a seguir, no entanto, é da nossa responsabilidade tomar decisões.

A vontade tem uma batalha a ser travada: “Resisti ao Diabo” Tiago 4:7b.

Oponha-se ao domínio do inimigo. Resista-lhe com firmeza e determinação. Enquanto você não se levantar como homem interior, dominado por um espírito de resistência e perseverança, a passividade continuará instalada e o domínio do inimigo prevalecerá.

Recupere todo o terreno perdido.

Se o diabo ocupou alguma área da sua vida não se dê por vencido. Recupere essa área sob domínio do inimigo e determine vencer cada nova investida.

Trabalhe activamente com Deus para o uso de cada parte da sua personalidade.

Desenvolva pensamentos sadios, emoções santas e tome decisões correctas. Use o potencial que Deus lhe deu e deixe sua personalidade desabrochar como a flor sob a luz do olhar de Deus.

O espírito, a mente e o corpo do homem sujeitos à sua vontade.

- O espírito precisa do controlo da vontade: “Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito” Provérbios 25:28;
- A mente precisa estar sujeita à vontade: “Derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” II Coríntios 10:5;
- O corpo deve ser instrumento e servo do homem: “Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado” I Coríntios 9:27.

Uma vontade activa é necessária para manter libertação em qualquer área da vida.

A ordem do Senhor é: “Possuí a Terra!”  Haverá momentos de verdadeiro conflito e dor, porque onde há conquista, há luta.

No estágio inicial do combate, os sintomas parecerão tornar-se piores do que antes. É como se, quanto mais se luta, menos força se tem. Mas, apesar dessa sensação, na realidade há uma bastante melhoria. Esses sintomas apenas demonstram que a resistência produziu seu efeito: o inimigo sentiu pressão e está a tentar sua última oportunidade de conservar o território que em tempos lhe pertencia.

CONCLUSÃO

Quando alguém se dispõe a reconquistar território perdido, as forças invisíveis das trevas, que mantinham suas garras nas áreas que estão sendo reconquistadas, tentarão agarrar-se ao território uma vez possuído, mas com firmeza na luta, sabendo que os poderes do Céu estão do nosso lado, a vitória é uma realidade. Vencemos, “pelo sangue do Cordeiro e a Palavra do nosso testemunho.” Apocalipse 12:11.

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